O governo da Itália quer ampliar o volume de negócios com o Brasil, e lançou uma estratégia de cinco pontos para isso. O país europeu quer ampliar sua presença em cinco áreas e busca formas de facilitar as transações comerciais nos dois sentidos, enquanto espera a conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia.
"Nossa abordagem busca melhorar as trocas comerciais e investimentos nos dois sentidos. Não só de empresas italianas investirem no Brasil, mas também empresas brasileiras investindo na Itália", diz Lorenzo Galanti, diretor-geral da ITA, a agência de promoção de exportações da Itália, à EXAME.
Galanti esteve em São Paulo para um Fórum Empresarial Brasil-Itália, realizado na Fiesp nesta quarta-feira, 9. O evento teve a presença de Rui Costa, ministro da Casa Civil, e de Antonio Tajani, ministro das Relações Exteriores da Itália.
"Há muitos projetos acontecendo no Brasil, o que é muito interessante. Os números de crescimento do PIB e da economia são encorajadores. Estamos vendo um momento importante na economia, e queremos estar aqui no Brasil porque vemos que há crescimento e disposição, além de, em alguma extensão, abertura de mercado, ou ao menos mais fluidez", diz.
O Brasil é atualmente o maior parceiro comercial da Itália na América Latina. Em 2023, o fluxo entre os dois países atingiu US$ 10,6 bilhões, sendo US$ 5,69 bilhões em exportações italianas para o Brasil. O volume exportado cresceu 9,4% em 2023, na comparação com 2022.
"A maior parte das nossas exportações ao Brasil é de maquinário industrial. Queremos ser mais ambiciosos nisso", prossegue Galanti. "As mercadorias para o consumidor final também são parte muito importante do que podemos exportar ao Brasil, porque há uma grande comunidade de descendentes de italianos aqui. Temos uma chance muito boa de aumentarmos nossa presença aqui no Brasil".
O diretor diz que a estratégia se centra em cinco áreas: agroindústria, energia e biocombustíveis, máquinas industriais, tecnologia de mineração e aço e tratamento de água. Ele fala mais sobre os planos da Itália na entrevista a seguir.
Fonte: Exame
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